Coleta de resíduos orgânicos (restos de alimentos) aumentou 126% este ano
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smma) informa que equipe de sensibilização ambiental está percorrendo condomínios e estabelecimentos comerciais e de serviço na Agronômica e Centro para instruir e cadastrar usuários para planejar a ampliação da seletiva flex Floripa.
A partir desse cadastro, informa a gerente de Planejamento, Daiana Bastezini, os usuários serão chamados a participar de reunião com equipe técnica da Superintendência de Gestão de Resíduos da Smma. Terão capacitação para o gerenciamento interno de resíduos e passarão a receber informações regulares sobre os serviços por meio de WhatsApp no número apurado para o cadastro.
A orientação direta ajuda o usuário a atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos que obriga o domicílio a segregar os resíduos nas frações oferecidas pelo poder público. Hoje, onde há coleta seletiva implantada pelo município, a não participação do usuário configura crime ambiental, alerta o engenheiro Wilson Cancian Lopes.
Por exemplo, nos bairros já atendidos pela seletiva flex em Florianópolis, os resíduos devem ser separados em quatro frações: embalagens recicláveis (metal, plástico, papel/papelão), só vidro, orgânicos compostáveis e rejeito.
A seletiva flex de orgânicos atende com caminhões satélites condomínios do Itacorubi, Córrego Grande e Trindade, Hospital Governador Celso Ramos e creches do Horário e Serrinha.
Pelo sistema de bombonas, a seletiva flex de orgânicos atende Monte Verde ( 22 pontos), Monte Cristo (17 pontos), Ribeirão da Ilha (17 pontos), Morro do Quilombo (17 pontos), Ratones (30), condomínios do Itacorubi (10) e o Cepon.
Resultados de impacto
Os resultados são de impacto social e ambiental. Apenas nesta segunda-feira(18), a Superintendência de Gestão de Resíduos da Smma recolheu 28,5 toneladas de resíduos orgânicos. A coleta de orgânicos (restos de alimentos) cresceu 126% no mês de junho em relação ao mesmo período do ano passado, informa o superintendente Ulisses Bianchini. É um grande avanço em direção às metas lixo zero. Até 2030, Floripa tem de desviar 90% dos resíduos orgânicos do aterro sanitário, aponta ele.
Com a compostagem, a cidade deixa de enviar toneladas de alimentos para o aterro sanitário. A cada tonelada, economiza R$ 156 com transporte e aterramento até Biguaçu e gera valor social e ambiental com o composto e cepilho usados em práticas de agricultura urbana.
"É como se num único dia coletássemos a quantidade de orgânicos que antes levava o mês inteiro", compara a gerente da Coleta Seletiva, Tamara Gaia.
Nesta segunda, as equipes de seletiva bateram recorde, coletaram 6 mil quilos de restos de alimentos separados e entregues pelos moradores da Trindade e Córrego Grande, pelas creches do Maciço do Morro da Cruz (Horácio e Serrinha) e pela cozinha do Hospital Celso Ramos. Mais 4,5 mil quilos de podas entregues para a seletiva de verdes na Daniela e 18 mil quilos das caixas estacionárias da rede de Ecopontos da Smma e das podas públicas feitas pelas equipes de limpeza pública da Infraestrutura.